sábado, 27 de outubro de 2012

psychologist

    Como prometido, aqui estou eu.
   Voltei mais aliviada e mais segura, quer de mim mesma, quer das minhas recentes decisões. A consulta correu bem, estava nervosa, a transpirar e tive umas quantas vezes aquele terrível hábito que temos de olhar para cima para conseguirmos conter as lágrimas. A minha mãe entrou comigo nos primeiros cinco minutos para quebrar aquele gelo e aquele clima estranho entre mim e a psicóloga, depois do feito saiu e ficou numa sala à minha espera. Foi quando fiquei sozinha, eu e ela, eu e uma estranha, sentadas frente a frente numa mesinha redonda, de madeira escura. Várias vezes engoli em seco ao olhar-lhe directamente nos olhos e hesitava quase sempre que tinha que falar embora não tivesse obrigatoriamente que responder a nada do que não fizesse parte dos meus planos responder. Nunca tive tempo para pensar muito bem naquilo que iria dizer, queria dar respostas com alguma lógica e que fossem no mínimo aceitáveis, mas não tive tempo para isso e dava por mim a balbuciar as maiores barbaridades alguma vez saídas da minha boca. Mas tirando tudo isso, correu bem, saí conforme entrei, segura de que nada nem ninguém me fariam mudar de ideias, de que nenhum argumento seria tão forte quanto o meu de querer ser livre e um bocadinho mais feliz. E ficou por ali, foi uma conversa agradável e ela perguntou-me se tencionava lá voltar, mas se sim, que fosse ao menos por minha vontade e não condicionada às vontades de outro alguém. O facto é que não sei o que fazer, não sei se volte se não, porque apesar de não ter desgostado dela, também não achei que tivesse tido grande influência sobre mim. Preciso de ajuda, não sei que escolha faça. O que é que vocês acham?

exaltações


   Queridos seguidores, tenho andado ausente mas aqui estou eu, de novo. Sinto-me confusa, distante do mundo e sinceramente isolada num cantinho bem à parte de tudo o resto. Esta semana tem sido desgastante, cansativa e tem-me dado que pensar. Parece que ninguém faz um esforço por aceitar as minhas decisões e tentam a cada oportunidade desviar-me daquele caminho que finalmente decidi percorrer.
   Pior do que sentir o peso do mundo nas minhas costas, são as discussões constantes aqui por casa, isto não anda nada fácil, principalmente com a minha mãe. Os nossos feitios chocam completamente e torna-se impossível manter uma conversa sem que se exaltem as vozes de ambas. Sei que ela anda preocupada comigo, talvez com alguma razão mas isso deixa-me instável, insegura de mim mesma e começo a duvidar das minhas capacidades, começo a achar que se calhar ela tem razão, talvez eu ainda seja uma menina e esteja realmente a cometer um grande erro, mas o que está em causa é a minha felicidade, a minha vida e o meu futuro. Estou disposta a abdicar de tudo, mas claro tenho medo. Sinto-me pequena. Sinto tudo e todos a evaporarem-se da minha vida, sem saber como nem porquê e tenho de tudo um pouco dentro de mim, desde mágoas, a pressões, inseguranças, fragilidades e até uma pitada de felicidade, sim, uma pitada que não se chega a sobrepor a nenhum dos outros sentimentos que rebolam e se manifestam a quaisquer horas dos meus dias, angustiando-me. 
   Amanhã tenho uma consulta com uma psicóloga, não sei como vai correr, não sei sequer o que vou lá fazer, vai ser a minha primeira vez e tenho receio do decorrer da conversa entre as duas. A minha mãe vai comigo, vou por vontade dela, provavelmente ela vai assistir e tenho receio do que vai ser posto em causa. De qualquer forma, amanhã estarei de volta para contar como foi.

sábado, 20 de outubro de 2012

lembranças

Lembranças abraçam o coração, muitas vezes com a intenção de o magoar. Elas são presentes que recebemos sem pedir, em dias inesperados, com data marcada. Não é apenas só mais uma lembrança, é o que fica do que não ficou, é o que importa. Aquelas de que nos tentamos livrar são justamente as que mais duram e elas simplesmente ficam para nos fazer lembrar, para nos fazer ter mais saudade ainda e para nos dar sorrisos pensativos. Lembranças ficam para nos fazer chorar e para nos lembrarmos de não ouvir aquela música que toca mesmo sem ser preciso apertar qualquer botão, na nossa mente.

uma ferida que dói, não por fora, por dentro

Não vou fugir, não o quero fazer, mas continuar aqui é sentir-me como se ninguém realmente se importasse comigo, como se eu fosse um tanto faz na vida de muita gente. Realmente e parecendo que não, isso dói e fere-me, faz-me querer chorar e acima de tudo, faz-me entender que está na hora de dizer adeus a muitas pessoas. 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

heartfelt words

“Quando eu tinha cinco anos, a minha mãe disse-me que a felicidade era a chave para vida. Quando eu fui para a escola, perguntaram-me o que eu queria ser quando crescesse, e eu escrevi que queria ser feliz. Foi então que todos eles me disseram que eu não tinha entendido a pergunta e eu meramente respondi que eram eles quem não entendiam a vida”   - John Lennon.

saudade só é bonita em poesia

Existem aquelas pessoas que por mais distantes que estejam, ainda continuam perto. Aquelas que, passe o tempo que passar, serão sempre lembradas por algo que fizeram, falaram, mostraram ou pelo que nos fizeram sentir. E é isso, as pessoas são lembradas pelos sentimentos que despertaram em nós, e, quanto maior o sentimento, maior se torna a pessoa, assim te tornaste tu.
[JMD] ♥

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

"não faz mal"

hoje foi um daqueles dias em que constatei exactamente com aquilo que não queria, ou melhor, com aquilo que já sabia mas que no entanto forcei os olhos até que se cerrassem, só para fingir que não estava a acontecer nada do que magicava. hoje eu respondi que não fazia mal a alguém que me magoou e que me pediu desculpas, quando a minha única vontade era de cair e desatar a chorar, virar costas e nunca mais voltar. no entanto, pus um sorriso e levantei-me.. minutos depois, deram-me os parabéns.

sábado, 13 de outubro de 2012

meio termo

Não estou feliz, nem triste, não quero desistir, nem estou motivada, não estou com vontade de falar, nem de ficar calada, não estou com sono, nem quero ficar acordada. Não tenho vontade de comer, nem vou ficar com fome, não quero ficar isolada, nem quero estar com ninguém, não quero ficar no escuro, nem quero estar de luz acesa. Não tenho medo, nem coragem, e só eu sei aonde me encaixo nesse meio termo, nem muito, nem pouco, a brisa que me bate no rosto quando não se sente nem calor, nem frio. Não quero nada e quero o mundo inteiro, ao mesmo tempo.

desentendimentos

Se um dia estiveres ocupada demais para me ligar, eu vou entender, és a minha melhor amiga, se não tiveres tempo para me mandar mensagens, eu também vou entender, se tiveres algo mais importante para fazer e se não me puderes me ver, é claro que eu vou entender, se um dia fingires que não estás nem ai para os meus sentimentos e continuares a ignorar-me, certamente irei entender, se continuares a desperdiçar o teu tempo de vida com coisas fúteis, talvez eu vá entender, mas se um dia eu parar de te procurar, é a tua vez de me entenderes a mim.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

vivências

"Como explicar-te o que é o amor se nunca vestiste a camisola da tua equipa? 
 Como explicar-te o que é o prazer se nunca ganhaste um ‘clássico’? 
 Como explicar-te o que é a dor se nunca perdeste um jogo no último segundo? 
 Como explicar-te o que é o carinho se nunca sentiste a bola com a ponta dos dedos? 
 Como explicar-te o que é a solidariedade se nunca deste uma ajuda numa defesa individual? 
 Como explicar-te o que é a poesia se nunca deixaste os teus adversários desorientados com um ‘crossover’? 
 Como explicar-te o que é a amizade se nunca fizeste uma assistência?
 Como explicar-te o que é o pânico se nunca perdeste um jogo depois de estar a ganhar por 20 pontos? 
 Como explicar-te o que é morrer um bocado se nunca perdeste uma final? 
 Como explicar-te o que é o esforço se nunca deste o máximo para recuperar uma bola? 
 Como explicar-te o que é o egoísmo se nunca lançaste quando devias ter passado a um colega melhor posicionado?
 Como explicar-te o que é a arte se nunca inventaste uma assistência espectacular? 
 Como explicar-te o que é a música se nunca cantaste para incentivar os teus companheiros? 
 Como explicar-te o que é o ódio se nunca perdeste a bola que resolveu o jogo?
 Como explicar-te o que é a vida se nunca jogaste basquete?"


http://youaretheinspirationofmydreams.blogspot.pt

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

(des)valorização

Nunca desvalorizes uma pessoa e acima de tudo nunca te esqueças de guardar cada pessoa e cada momento, porque um dia vais acordar e perceber que perdes-te um diamante enquanto estavas a coleccionar pedras.

é preciso comiseração

''Gente falsa não fala, insinua. Não conversa, gera intriga. Não elogia, adula. Não deseja, cobiça. Não colabora, interfere. Não participa, infiltra-se. Gente falsa não sorri, mostra os dentes. Gente falsa é doente e pobre de espírito, merece piedade e comiseração pois não caminha, rasteja pela vida, insidiosamente, sabotando a felicidade alheia e sobrevivendo de seus restos. Gente falsa desconhece a beleza e a nobreza da alma porque não ama, investe e assim à margem de tudo não vive (...) apenas existe.''